11/01/2010

Angola anuncia prisão de dois suspeitos de ataque contra seleção de Togo

Autoridades angolandas prenderam duas pessoas suspeitas de executar o ataque a um ônibus que levava a seleção de Togo para a Copa das Nações Africanas, informou um promotor a uma agência estatal angolana.


O incidente ocorrido na última sexta-feira (8) deixou dois jogadores e o motorista mortos.


Segundo a agência de notícias Reuters, o promotor angolano Antonio Nito disse em um comunicado que os dois presos pertencem à Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), um movimento separatista que trava uma luta com o governo angolano há mais de 30 anos. "Os dois membros da FLEC foram capturados na região do incidente, a rodovia para Massabi, que liga os dois países [Angola e Congo]", afirmou em um texto publicado na agência estatal Angop.


Segundo a agência de notícias Associated Press, a informação da prisão foi anunciada em uma rádio estatal.


No ataque, ocorrido na província angolana de Cabinda, o assessor de imprensa do time, o auxiliar técnico e o motorista do veículo morreram. Cabinda está envolvida em um conflito separatista desde que Angola se tornou independente de Portugal, em 1975.


Jogadores deixam torneio

Os jogadores e a comissão técnica da seleção do Togo já estão de volta à capital Lomé. O avião que transportava a delegação pousou às 23h15m (horário de Brasília).

Depois de jogadores da seleção do Togo terem confirmado a participação na Copa das Nações Africanas, o primeiro-ministro do país, Gilbert Houngbo, disse que a equipe deveria abandonar o campeonato. O capitão Emmanuel Adebayor anunciou então que os atletas voltariam para casa sem jogar.

Segundo ele, os jogadores haviam decidido participar do torneio como homenagem aos mortos no ataque sofrido na província angolana de Cabinda.

Houngbo se declarou contra a decisão e disse que o grupo deveria voltar para casa. "Se um time ou algumas pessoas se apresentarem sob a bandeira togolesa, vai ser uma falsa representação", disse o premiê.

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