Pelo menos 13 pessoas morreram e 40 ficaram feridas em dois atentados ocorridos nesta terça-feira, no Afeganistão. Oito pessoas morreram e 40 ficaram feridas em um atentado suicida em frente a um hotel frequentado por clientes estrangeiros no bairro diplomático de Cabul, informou o Ministério afegão de Interior. Em outro ataque, cinco pessoas morreram em um escritório da equipe de Reconstrução Militar.
O primeiro ataque ocorreu pela manhã, em frente ao hotel Heetal, próximo de alguns escritórios governamentais, segundo a versão da Polícia, que atribuiu os fatos a um terrorista suicida que se aproximou do estabelecimento em um veículo.
O atentado foi reivindicado pelos talibãs, cujo porta-voz, Zabiullah Mujahid, disse que o suicida tinha como alvo o hotel - propriedade de um filho do ex-presidente Burhanuddin Rabbani - e a residência do ex-vice-presidente Ahmad Zai Massoud, próxima ao local. A explosão ocorreu logo antes do início de uma conferência na cidade contra a corrupção à qual tinham previsto deslocar-se políticos afegãos e embaixadores estrangeiros, e que conta com a presença do presidente afegão, Hamid Karzai.
O canal televisivo afegão Tolo mostrou imagens de um automóvel em chamas no ponto do atentado após a explosão, que causou uma fumaça visível desde vários pontos da cidade e destruiu janelas nos edifícios próximos. O local é o bairro de Wazir Akbar Khan, sede de edifícios governamentais e dezenas de embaixadas. Por isso é uma zona muito frequentada pela maioria dos estrangeiros que vivem e trabalham na capital afegã.
O segundo ataque suicida matou nesta terça quatro afegãos e um nepalês, em um atentado cometido na sede de um escritório da equipe de Reconstrução Militar da província de Paktya, no sudeste do Afeganistão.
Segundo disse o porta-voz do governador provincial, Roohullah Samoon, a explosão ocorreu na capital provincial, Gardez, e causou ferimentos a dez pessoas. Entre os falecidos está uma mulher policial, afirmou Samoon.
A tradicionalmente segura Cabul, onde há presença em massa de tropas estrangeiras e policiais, foi palco de frequentes atentados suicidas e ataques com projéteis contra edifícios importantes nos últimos dois anos.
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