Mais de 200 detentos escaparam de uma prisão no sul do Chile pela queda de um dos muros do local durante o terremoto de mais de 8 graus na escala Richter que sacudiu o país na madrugada deste sábado. O fato foi confirmado à imprensa local pelas autoridades do serviço de prisões, que explicaram ainda que em princípio foram 269 que escaparam, mas os guardas conseguiram capturar 60 deles.
A fuga ocorreu na cidade de Chillán, a 401 km de Santiago, na região de Bío-Bío, uma das mais afetadas pelo sismo ocorrido às 3h36 locais, que deixou pelo menos 147 mortos segundo fontes oficiais. O terremoto aconteceu às 3h36 (na hora local e em Brasília) com epicentro na região de Bío-Bío, a 500 km de Santiago e a 90 quilômetros da capital regional, Concepción.
O governo chileno confirmou pelo menos 147 mortos na tragédia. O sismo chegou a ser sentido em alguns bairros de São Paulo e teve 8,8 graus de magnitude na escala Richter, segundo o Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS, em inglês). Entretanto, o Instituto Sismológico da Universidad do Chile afirma que a força foi de 8,3 graus.
O terremoto gerou um tsunami no Oceano Pacífico que chegará ao Havaí pouco depois das 18h (Brasília), como informou a Administração Nacional de Atmosfera e Oceanos (NOAA, na sigla em inglês). A NOAA emitiu ainda um alerta de tsunami para uma ampla área do Pacífico, incluído México, Peru, Equador, Nova Zelândia, Austrália, Rússia, Indonésia, Japão e Filipinas, além do Chile.
Tragédia no Chile
Mais de 140 pessoas morreram morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos pode passar de 180, segundo o canal estatal Televisión Nacional. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.
O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país e a 300 km ao sul da capital, Santiago. Por isso, foi enviado um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador. Segundo fontes oficiais, o terremoto aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília). O número de vítimas mortais e de feridos pode aumentar.
Efeitos do estrago
Os danos materiais do terremoto ainda estão sendo avaliados. O muro de uma prisão veio abaixo com o abalo sísmico, o que causou a fuga de mais de 200 detentos na cidade de Chillán, a 401 quilômetros de Santiago. O aeroporto internacional de Santiago foi fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas. A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.
Em Santiago, há um forte movimento de automóveis e muitos cidadãos perambulam pelas ruas. Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 km ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.
Mais forte que no Haiti
O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.
O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.
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