Com uma enfermidade muito incomum, chamada Síndrome de Kleine-Levin ou mal da Bela Adormecida, a britânica Louisa Ball (foto), de 15 anos de idade, tornou-se um desafio para os médicos. Após períodos de absoluta normalidade que podem chegar a um ano, ela dorme durante dias – já passou duas semanas adormecida. Seus pais precisam acordá-la, à base de chacoalhões e cutucões, para que ela vá ao banheiro ou se alimente. Louisa até levanta, mas completamente desorientada, muito longe de estar 100% alerta.
Os médicos não sabem o que causa a doença nem como curá-la. O que se sabe é que ela afeta adolescentes e desaparece depois de 8 a 12 anos. A notícia foi publicada nesta sexta-feira (5) no site da NBC News. O número de portadores de Kleine-Levin não passa de mil em todo o mundo, diz a reportagem.
Segundo Emmanuel Mignot, diretor do Centro para Narcolepsia da Universidade Stanford, nos EUA, é possível que a síndrome tenha origem em infecção viral, associada a uma predisposição genética. Não existe remédio para tratar Kleine-Levin, explicou Mignot à NBC.
A síndrome não tem relação com a narcolepsia, um sono súbito e incontrolável que ocorre várias vezes ao dia. “É completamente diferente”, disse Mignot. “A narcolepsia é uma desordem para a vida toda. Os pacientes têm dificuldade permanente para permanecer acordados.”
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