03/03/2010

O Facebook é o novo Google?

Por que a maior empresa da internet, que faturou mais de US$ 26 bilhões em 2009 (90% em publicidade on-line), deveria temer uma rival que, seis anos depois de criada, ainda não sabe de onde virão seus lucros? A resposta, numa palavra, é futuro. Na semana passada, a empresa de medições de audiência Compete anunciou que em um ano a rede social Facebook quase duplicou seu número de visitantes únicos – o número de pessoas diferentes que acessaram o site em um mês. Mais: em número de acessos (contando as visitas repetidas), tornou-se o maior site dos Estados Unidos, ultrapassando o gigante das buscas, Google.

A ameaça pode ser entendida quando se conversa com a publicitária Luiza Pinheiro Raposo, de 24 anos. Em 2004, quando estudava na Universidade da Geórgia, em Atlanta, o Facebook virou febre entre os estudantes. A estratégia de seu criador, Mark Zuckerberg, foi restringir o site a universitários americanos. Em pouco tempo, o Facebook se tornou a principal forma de trocar e armazenar informações em uma página personalizada. Fotos, vídeos, convites de eventos, enquetes, jogos: tudo se fazia por ali. “Sempre usei o Facebook para me comunicar com amigos”, diz Luiza, americana filha de brasileiros. “Tenho mais de mil fotos em meu perfil.” Quando o Facebook se transformou numa rede totalmente aberta, em 2006, tinha um público cativo e influente: os jovens. Em dois anos, a febre se espalhou para outras faixas etárias e para outros países. Em seus primeiros cinco anos, o Facebook conseguiu 150 milhões de usuários. Apenas oito meses depois, o número dobrou. E, em dezembro de 2009, o site unia 350 milhões de pessoas – um quinto de toda a população mundial com acesso à internet.

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