Criminosos de Assis, a 433 km de São Paulo, passaram a aceitar de suas vítimas pagamento parcelado para o resgate de carros roubados. Nos últimos seis meses de 2010 foram registrados mais de 50 furtos de veículos na cidade.
O seqüestro de carros é uma prática comum na cidade, e aceita o pagamento do resgate em diversas parcelas.
Os ladrões normalmente escolhem veículos antigos. São mais fáceis de abrir, não costumam ter alarme e muito menos seguro. Deste modo, fica mais fácil extorquir dinheiro da vítima. Os proprietários começam a receber as ligações no mesmo dia em que o carro foi furtado. Elas são feitas sempre a partir de telefones públicos.
O aposentado Jair Succi foi uma das vítimas. Depois de ter o carro furtado, recebeu mais de 30 ligações em 20 dias. “Eu questionava em relação ao estado do carro. Até que uma vez o bandido falou assim, ‘o senhor tem que confiar na gente’. Eu achei um absurdo”, conta.
Jair não pagou o valor pedido e a polícia encontrou o carro. Já o empresário Roldão Valverde Júnior cedeu à chantagem. Depois de pagar o valor pedido, os ladrões avisaram que o veículo estava abandonado em um canavial. “Na época tinha buracos na cana, dava a impressão que mais carros haviam sido guardados no local.
Para quem não tem o dinheiro à vista, os bandidos aceitam parcelamento no cheque. “Entraram na casa do meu amigo e roubaram o carro. Ele só foi devolvido após o pagamento do resgate, em três vezes. Estamos com roubo a crediário. E no cheque pré-datado”, conta o comerciante Renato Furlaneto.
A polícia alerta que qualquer tentativa de extorsão por telefone deve ser comunicada imediatamente pelo telefone 190.
Nenhum comentário:
Postar um comentário