18/09/2010

Advogado de Bruno diz que, se não fosse por Macarrão, o goleiro já teria morrido

O advogado do goleiro Bruno Fernandes, Ércio Quaresma, atribuiu ao amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, o fato de o goleiro permanecer vivo até hoje. Em seu perfil no site Twitter, Quaresma disse neste sábado que "não fosse Macarrão talvez a vida do Bruno já teria findado. Luiz Henrique vela diuturnamente pela vida do amigo".Nesta sexta-feira (17), ao sair da audiência na 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá (RJ), Macarrão afirmou que o goleiro Bruno tentou se matar várias vezes por não aguentar ficar preso. O goleiro também participou de audiência e ambos preferiram não falar em audiência na Justiça.

Em seguida, Quaresma elogiou a atitude de Macarrão em relação ao amigo: "Aquele cuja amizade sincera foi cunhada na pele em forma de tatuagem. Obrigado Luiz Henrique, por ser amigo no ápice deste sentimento".

Pouco depois, o advogado procurou justificar a suposta tentativa de suicídio de Bruno: "Um dos motivos de Bruno buscar o auto extermínio é o sofrimento da sua carne. Mas há outros, que são sua mulher e amigos enclaurados". Ele também elogiou o jogador do Flamengo Paulo Victor, que foi convocado como testemunha de defesa: "Sobre a audiência de hoje limito, razão da fadiga, a falar de um homem. O goleiro Paulo Vitor, este é homem e honra as calças que veste".

DEPOIMENTO

Nesta sexta-feira (17), na 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá (RJ), aconteceu a audiência onde o goleiro Bruno e o amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, seriam ouvidos sobre a acusação de lesão corporal e sequestro de Eliza Samudio, ex-amante do jogador. Ambos, no entanto, ficaram calados. Ao final, segundo a assessoria do Tribunal de Justiça, Macarrão deu uma única declaração e disse que o goleiro Bruno tentou se matar várias vezes por não aguentar ficar preso.

Segundo o advogado, além de ingerir antidepressivos, Bruno teria produzindo uma corda com os lençóis de sua cama na prisão para tentar se enforcar. "Eu falei para o Bruno que se ele se matar e for culpado, vai para o inferno. Se for inocente, vai para o céu. Mas a responsabilidade dele é muito maior porque tem outras pessoas sendo acusadas que dependem da participação dele no processo e que podem ser prejudicadas se ele se matar', afirmou Quaresma.

Bruno e Macarrão estão presos no presídio Bangu 2, no complexo de Gericinó (zona oeste do Rio). Os dois são acusados de lesão corporal e sequestro de Eliza em outubro do ano passado. Na época, ela estava grávida e acusou os dois amigos de a terem levado para um apartamento do jogador e a obrigada e ingerir remédios abortivos. Ela afirmava que o goleiro era o pai do bebê.

No fórum, antes da audiência, Bruno desmaiou ao sofrer uma queda de pressão, foi socorrido por uma ambulância e passa bem, segundo o TJ. "O Bruno não tem se alimentado por conta da instabilidade emocional e também porque a comida da prisão não é grande coisa. Ele não consegue comer", disse o advogado.

A mãe de Eliza Samudio, Sônia Fátima Moura, que assistia à audiência, teve uma crise de choro e deixou a sala ao ficar cara a cara com o goleiro. Minutos depois, mais calma, voltou.

Ao fim da audiência, o juiz determinou o retorno de Bruno e Macarrão a Minas Gerais, onde respondem pela morte de Eliza.

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