Uma britânica morreu de pneumonia meses depois de ter recebido um pulmão transplantado de um homem que fumou por trinta anos.
A informação veio à tona quando os pais da vítima, Lynsey Scott, de 28 anos, requisitaram dados sobre a operação.
Lynsey, que nasceu com fibrose cística (uma doença hereditária que causa deficiências progressivas em todo o organismo e muitas vezes leva à morte prematura), foi operada em fevereiro de 2009, após sua condição ter se deteriorado.
Ela acabou morrendo em julho do ano passado, e a principal causa da morte foi identificada como sendo pneumonia.
O caso levou a pedidos no país para que haja uma transparência maior dos hospitais sobre a origem de órgãos a serem transplantados.
O pai Lynsey, Allan Scott, disse que sua filha ficaria "horrorizada" se descobrisse que o pulmão pertencia a um homem que fumou por 30 anos.
"Eu posso dizer com toda sinceridade que ela ficaria horrorizada ao saber que aqueles pulmões eram de um fumante e com certeza teria se recusado a seguir em frente com a operação", disse o pai de Lynsey, Allan.
"Eu entendo que em órgãos humanos não existe nada parecido com um órgão perfeito. Não é como quando existe algo de errado com seu carro e seu carro quebra - em que você recebe uma peça nova para aquele carro. Não existem peças novas para órgãos, eu entendo."
Na época, o pulmão transplantado tinha recebido a qualificação de "marginal" - ou seja, de órgão que oferece um certo risco ao receptor mas que ainda é considerado seguro.
Os pais de Lynsey defendem que os pacientes sejam avisados sobre as condições do órgão que receberão.
"Eles deveriam estar cientes no início da fase de avaliação para o transplante, deveria estar nos livretos de informação e deveria ser explicado para eles naquele momento."
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