O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez fortes ataques à imprensa em comício neste sábado em Campinas (SP) e afirmou que alguns veículos de imprensa se comportam como partidos políticos.
"Eu queria pedir para você Dilma e para você Mercadante, não percam o bom humor, deixa eu perder. Eu já ganhei. Se mantenham tranquilo porque outra vez nós não vamos derrotar apenas os nossos adversários tucanos, nós vamos derrotar alguns jornais e revistas que se comportam como partido político e não tem coragem de dizer que têm partidos políticos, que tem candidatos que não tem coragem de dizer que candidatos, que não são democratas e pensam que são democratas. Democrata é este governo que permite que eles batam."
Lula afirmou que se os donos de jornais e revistas ficariam com vergonha se lessem os jornais e revistas que fazem.
"Tem dia que determinados setores da imprensa brasileira chegam a ser uma vergonha. Se o dono do jornal lesse o seu o seu jornal ou o dono da revista lesse a sua revista, eles ficariam com vergonha do que eles estão escrevendo exatamente neste momento. E eles falam em democracia. A democracia que eles não suportam é dizer que a economia brasileira vai crescer mais de 7% neste ano."
Lula disse que o governo não promove censura, que a imprensa não o tolera e afirmou que os 4% que avaliam o governo como ruim ou péssimo devem estar "na casa do [José] Serra e na casa do [Geraldo] Alckmin".
"Não sou eu [que] vou censurá-los, é o telespectador, é o ouvinte, e é o leitor que vai medir aquilo que é mentira e aquilo que é verdade. Essa gente [da imprensa] não me tolera. É por isso que essa gente, mesmo lendo nas pesquisas de opinião pública e vendo que tem apenas 4% que acham o governo ruim e péssimo. Deve ser na casa do Serra e na casa do Alckmin. Essa gente não tolera."
O presidente voltou a dizer que os pobres do país não precisam mais "do tal formador de opinião pública".
"O que eles não se conformam [é] que um metalúrgico fez mais universidades que todos os presidentes elitistas que passaram por este país e geramos quase 15 milhões de empregos com carteira profissional assinada. O que eles não se conformam é que os pobres não aceitam mais o tal do formador de opinião pública. Eles não se conformam é que os pobres estão conseguindo enxergar com os seus olhos, pensar com a sua cabeça, pensar com sua consciência, andar com as suas pernas e falar com sua boca. Não precisam do tal de formador de opinião pública. Nós somos a opinião pública e nós mesmo nos formamos."
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