Os 007 da CIA estão agitados. Eles têm a missão de não deixar que estraguem as comemorações dos norte-americanos que, com a morte de Osama bin Laden, livraram-se de um pesadelo.
Por isso, os 007 tentam interceptar ou retardar comunicado da cúpula alqaedista sobre a eliminação de Bin Laden.
Os comunicados, como todos sabem, chegam em vídeo ou áudio. E os alqaedistas conseguem que o material gravado chegue à rede de jornalismo Al-Jazira, sediada no Catar.
No fundo, parece um jogo entre gato e rato. A rapidez na divulgação serve para mostrar a força da organização alqaedista e a fragilidade da CIA. O atraso é visto como grande vitória da CIA. Um vídeo do Ayman al-Zawahiri, quando era o segundo na hierarquia, levou três meses para chegar ao destino final.
Hoje, os 007 da CIA colocaram na agenda uma nova tarefa. São fortes os rumores de que organizações terroristas que usam a marca Al-Qaeda (franchising) pressionam para que o sucessor de Bin Laden seja um filho seu.
Bin Laden, morto aos 57 anos, casou cinco vezes e as agências europeias de inteligência calculam que tenha entre 18 a 24 filhos.
A maioria dos filhos de Bin Laden, felizmente, não seguiu os passos do pai. A propósito, Hamza bin Laden, de 20 anos, morreu com o pai em Abbottabad, na Operação Jerônimo (nome do legendário chefe Apache) executada pela CIA e militares da Navy Seals. Hamza era suspeito de ter participado do assassinado de Benazir Bhutto, candidata à presidência do Paquistão.
Saad bin Laden, nascido em 1979, esteve com o pai no Sudão e no Afeganistão. Participou de várias ações terroristas como, por exemplo, o atentado a uma sinagoga da Tunísia, em 2002, que matou 19 judeus. A CIA não tem pistas de seu paradeiro e desconfia que está sob proteção tribal no Paquistão. Não descarta, também, ter morrido em bombardeamentos feitos por aviões sem piloto (drones).
Com a primeira esposa de Bin Laden, que vive na Síria e escreveu um livro sobre a vida conjugal com o terrorista chefe da Al-Qaeda, residem quatro filhos maiores. Todos ficaram bem distantes do mundo do terror paterno.
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