O governo do Senegal inaugura neste sábado uma estátua mais alta do que a do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, em meio a críticas.
O Monumento da Renascença Africana, em Dacar, com 49 metros de altura - cerca de 10 metros a mais do que a estátua carioca - custou US$ 27 milhões e foi erguida para marcar os 50 anos da independência do país.
Cerca de 30 chefes de Estado são esperados para a inauguração, que também tem entre os convidados o ativista americano pelos direitos civis Jesse Jackson.
Também está prevista uma passeata em protesto contra a obra. A imagem em bronze, supostamente concebida pelo presidente Abdoulaye Wade, mostra um homem com uma mulher em um braço e uma criança no outro, apontando para o mar.
Alguns religiosos muçulmanos consideraram a representação do casal com pouca roupa contrária ao islamismo.
Outros criticam o elevado custo da estátua em um país com muitas carências. Uma proposta de que o presidente ficaria com 35% da renda gerada com a estátua porque sua construção teria sido ideia dele também atraiu protestos.
A estética do monumento, construído por operários da Coreia do Norte, também causou controvérsia. Para muitos senegaleses, ele têm uma inspiração mais soviética do que africana.
Os defensores da iniciativa dizem que ela representa a ascensão da África em meio "à intolerância e ao racismo".
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